quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Tigresa



Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel

Uma mulher, uma beleza que me aconteceu

Esfregando a pele de ouro marrom

Do seu corpo contra o meu

Me falou que o mal é bom e o bem cruel

Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateu

Ela me conta sem certeza tudo o que viveu

Que gostava de política em mil novecentos e sessenta e seis

E hoje dança no Frenetic Dancin’ Days


Ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair

Com alguns homens foi feliz com outros foi mulher

Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor

E espalhado muito prazer e muita dor
Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar

Porque ela vai ser o que quis inventando um lugar

Onde a gente e a natureza feliz, vivam sempre em comunhão

E a tigresa possa mais do que o leão
As garras da felina me marcaram o coração

Mas as besteiras de menina que ela disse não

E eu corri pra o violão num lamento

E a manhã nasceu azul

Como é bom poder tocar um instrumento



Nenhum comentário:

Postar um comentário